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7 Hábitos de Grande Sucesso na Manufatura

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7 Hábitos de Grande Sucesso na Manufatura

O sucesso na manufatura está diretamente ligado com a qualidade do produto e consequentemente com a satisfação do cliente. São os clientes que criam a demanda do produto, querem que prazos sejam cumpridos, desejam preços justos e exigem produtos de qualidade.

Para auxiliar você com a melhoria contínua e qualidade de produção listamos 7 hábitos de grande sucesso na manufatura.

 

1 – Divulgue a qualidade do seu produto

certificado_qualidade

Muitas indústrias divulgam a sua qualidade através de índices estatísticos como Cp e Cpk, que podem até ser exigidos pelos seus clientes. Porém, trabalhar apenas com estes índices pode não ser o suficiente para convencer seus clientes da qualidade do seu produto.

Além de trabalhar com índices de capacidade e performance, é importante falar da sua qualidade através de medições quantitativas e melhorias significativas baseadas em dados reais.

Hoje existem diversos avanços na metrologia, métodos de análises e tecnologias que permitem diferentes oportunidades para uma coleta de dados confiável, permitindo a publicação destes resultados de maneira simples e fácil interpretação. Não esconda informações dos seus clientes, envie relatórios que destaquem seus dados de qualidade e diferencie você dos outros concorrentes. Crie portais onde seu cliente possa acessar seus dados não somente quando ele estiver em auditorias. Seja transparente, crie relações de confiança, desta maneira você irá valorizar ainda mais o seu produto.

Ação: reúna uma lista de métricas que irá impressionar o seu cliente.

 

2 – Meça o que é importante

Atenção no que será medido, lembre-se que medir custa dinheiro! Devemos focar nas características que são críticas para controlar o processo.

O sociologista William Bruce Cameron escreveu: “Not everything that can be counted counts, and not everything that counts can be counted” (tradução: “Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado”), ou seja, é preciso saber o que é importante e o que pode ser medido na sua linha de produção. Para ajudar nesta decisão, leve em consideração as seguintes perguntas:

  • Os dados que você está medindo indicam a mudança em um processo que pode resultar em melhorias?
  • Se os dados indicam que uma ação corretiva deve ser tomada, existe infraestrutura para gerenciar esta mudança?

Já discutimos no Terceiro Fundamento de Shewhart para os Gráficos de Controle a importância de se trabalhar com Amostragem Racional para se obter dados confiáveis e significativos. Além disso, é preciso avaliar a capacidade de se tomar ações com as respostas obtidas através dos dados coletados. Como vimos no Quarto Fundamento de Shewhart para os Gráficos de Controle, a informação apenas será útil quando possibilitar a tomada de ação. No post 5 Passos para usar Gráficos de Controle para Melhoria Contínua também discutimos como usar os dados medidos em seu benefício.

Ação: descubra quais membros da sua equipe tem a capacidade de tomar ações baseadas em dados em tempo real e forneça à eles os gráficos e relatórios necessários para que eles possuam as informações necessárias para tal.

 

3 – O processo é o ator principal

blackboard_processO processo é a característica principal para o controle da manufatura, é nele e através dele que se identificam as necessidades de melhorias de qualidade e produção. Com o CEP (Controle Estatístico de Processo) você monitora o comportamento do processo para minimizar variações futuras. Além do processo, também é preciso considerar as características que serão medidas e os produtos que são produzidos a fim de se obter informações confiáveis para a manutenção da qualidade. Estes três itens determinam a coleta de dados que possibilitam a análise de informação para a tomada de ações.

Mas não esqueça, foco no Processo! É ele quem deve ser ajustado quando não conformidades são identificadas. É ele quem vai fornecer informações para aplicar melhorias. É o conhecimento do processo que ajuda na prevenção de defeitos. Quando você entende o comportamento do seu processo, consequentemente você entende a variação da sua produção.

Ação: identifique quais são os processos vitais para a qualidade do seu produto e seja capaz de medir o desempenho destes processos.

 

4 – Mantenha as coisas simples

Manter e melhorar um processo de produção exige, dentre várias tarefas, coletar dados do processo para avaliar desempenho de produção, para monitorar o controle de qualidade, para dirigir tomada de decisões e para outras interpretações sobre a sua produção. Portanto, a tarefa de coletar os dados deve ser simples e a pessoa responsável pela coleta de dados deve entender a importância desta tarefa, para que estes dados sejam confiáveis.

Qualquer software para análise e coleta de dados no chão de fábrica deve ser fácil e compreensível para aqueles que irão utilizá-lo. Manter as coisas simples não é tão fácil quanto parece. Para ajudar com esta tarefa, seguem algumas ideias:

  • Exiba na tela do computador apenas o necessário.  Não consuma a tela do computador com informações que não serão utilizadas. Por exemplo, se o usuário do software ainda não sabe o que são cartas de controle, não disponibilize estes gráficos para ele até que ele consiga interpretá-los. Inicie com relatórios e gráficos simples, que sejam de compreensão daqueles que irão utilizar a ferramenta.
  • Automatize cálculos, desde os mais complexos até os mais simples. Desta maneira sua coleta de dados será mais rápida e confiável.
  • Quando possível, utilize leitores de códigos de barras e instrumentos automáticos. Com leitores e instrumentos, você não apenas agiliza a coleta de dados como também melhora a precisão dos dados.
  • Utilize softwares que automatizem o fluxo de trabalho. Quando o software exige as tomadas de ações do usuário, as amostragens se tornam mais precisas, os dados mais confiáveis e a informação mais rica.
  • Integre informações de outras fontes com o seu software de CEP. Nosso post Conecte diferentes fontes de dados e otimize operações fala das vantagens de unificar informações para gerar conhecimento.

Ação: invista em um software para o chão de fábrica que seja simples para a compreensão de quem irá utilizá-lo. A coleta de dados deve ser uma tarefa fácil para o usuário, e os resultados dos seus esforços precisam ajudá-lo a visualizar e gerenciar as melhorias no processo. O usuário estará mais motivado quando conseguir entender a importância do seu papel na manutenção do processo.

 

5 – Espere uma reação em cadeia

Fundamentos Shewhart - Fundamento 4

O que entra no início do seu processo irá impactar em diferentes resultados ao longo de toda a sua cadeia de produção. Se um fornecedor possui um problema de qualidade ou um problema de fornecimento, estes problemas também refletirão na sua qualidade e no seu fornecimento. Por isso é preciso acompanhar a qualidade de produção desde a produção da sua matéria prima até o destino final do seu produto. Os processos estão interligados através de toda a cadeia de produção, e as informações obtidas durante esta cadeia é importante para saber onde estão ocorrendo os problemas.

A troca de informação entre Fornecedor – Produção – Cliente é uma colaboração que ajudará a evitar retrabalho e perdas em todos os níveis de produção.

Ação: discuta com seus fornecedores e clientes sobre a importância de compartilhar informações durante o processo produtivo ao invés de discutir os dados apenas na entrega dos produtos.

 

6 – Fique atento

fique_atentoQuando se trabalha com CEP é preciso ficar atento a cada novo ponto coletado. Uma nova coleta de dados pode indicar que seu processo esta sob controle e nenhuma ação precisa ser tomada, como também pode indicar que uma causa especial está atuando sobre o seu processo e uma intervenção é necessária. Trabalhar com dados em tempo real é o ideal para identificar não conformidades, pois fica mais fácil de compreender a situação e as variáveis nela envolvida naquele momento. Dados coletados em tempo real fornecem um feedback imediato para aqueles que estão atentos.

As pessoas que estão envolvidas em avaliar estes feedbacks precisam saber como responder ao processo com as informações obtidas. Quando o processo diz “Faça alguma coisa”, é preciso ter alguém que escute este pedido e que seja capaz de tomar a ação necessária para atuar no processo. Ao trabalhar com informações apenas em etapas, por exemplo nos finais de turnos ou a cada lote, você pode estar diluindo problemas importantes.

Os gráficos de controle estão sempre falando, mas é você quem precisa escutá-los. Saiba mais da Importância das Cartas de Controle com o nosso post no blog.

Ações: encontre o momento certo que os dados precisam ser coletados e esteja atento às mensagens recebidas.

 

7 – Sempre investigue mais

Mantenha seus dados rastreáveis e com informações relevantes para possibilitar análises minuciosas ao decorrer do tempo. Não somente tomar ações em tempo real, também é preciso realizar uma análise global dos seus dados para extrair informações valiosas e encontrar maneiras de melhorar o processo.

Interprete seus dados com diferentes cartas, diferentes análises e em diferentes contextos. Investigue os valores! Realize estudos de comparações entre diferentes máquinas, turnos, fornecedores, materiais… O que pode melhorar a qualidade? O que está causando resultados negativos ou não tão bons? Em que momento você possui melhor eficiência? Qual a melhor carta para visualizar os dados? Estas são questões que precisam ser trabalhadas para uma investigação detalhada de como melhorar seu processo.

Os dados estão disponíveis para serem coletados, o desafio é saber quais deles são realmente importantes e como analisá-los. Os dados irão te mostrar qual o comportamento do processo, você precisa saber interpretá-los para melhorar a qualidade e eficiência da produção.

Ação: invista em análises comparativas e preditivas. Aprenda a predizer o futuro do seu processo através de características que podem ser únicas no seu ambiente.

 

Você tem outro hábito de grande sucesso na sua indústria?

A qualidade na manufatura é a chave para uma cadeia de produção eficiente. Por isso a importância de manter hábitos que mantenham a qualidade, inovação e sustentabilidade de produção.

Além dos hábitos que discutimos acima, você possui alguma outra sugestão para o sucesso na manufatura?

Compartilhe conosco as suas experiências.

 

Fonte: Texto baseado no EBook  7 Habits of Quality Obsessed Manufacturers do site da InfinityQS International, parceira da HarboR.

 

2 comments on “7 Hábitos de Grande Sucesso na Manufatura

  1. Otávio Augusto , on Sep 28, 2017 at 16:57 Responder

    Gostaria de contribuir com a minha experiência em solução de problemas.Item 1: Considero fundamental entender o macroprocesso sob a nossa responsabilidade (Fornecedores-Entradas-Processo-Saídas-Clientes) -ferramenta SIPOC. Item 2: Construir o processo básico que dá sustentação às saídas – chamo de fluxo padrão ou DEVERIA . Item 3 : Montar o problema utilizando os fundamentos da metodologia Kepner-Tregoe ( Objeto + Defeito ) . Na minha opinião , a fase mais crítica de qualquer Método de Solução de Problemas . O problema tem que ser montado a partir das saídas defeituosas . Objeto= Produto ou Saída . Defeito= Característica que se afasta da faixa especificada . Problema = Objeto + Defeito . O problema estará bem especificado se tivermos: Definição ( Objeto + Defeito ) , localização , tempo e magnitude . Essas dimensões terão no mínimo duas perguntas . Exemplo de perguntas relacionadas à magnitude: (i) Quantos OBJETOS apresentaram DEFEITO ? (ii) Quanto de DEFEITO apresentou o/s OBJETO/s ? A questão (i) refere-se ao número de OBJETOS. A questão (ii) refere-se ao tamanho do defeito .Ambas pertinentes à magnitude. Essas 8 perguntas devem turbinar a fase do ‘Define” no DMAIC ( 6 Sigma ) ou a Identificação/Observação do clássico MASP ( Método de Análise e Solução de Problemas ) . Os especialistas americanos já perceberam isso e já estão adotando essa melhoria no DMAIC . Item 3 : Para cada problema, confrontar o DEVERIA ( fluxo padrão ) com a REALIDADE e identificar os gaps ( desvios/causas ). Item 4: Atacar os gaps ( causas) . Item 5 : Trazer o processo para o DEVERIA ( Plano de Ação implementado ) .Item 6:Monitorar o resultado/padronização das atividades críticas . Passei 39 anos fazendo só isso e deu certo . O caminho é simples , já dizia Leonardo da Vinci ( figura notável do Alto Renascimento ) . Dúvidas , coloco-me à disposição para esclarecimentos . Otávio Augusto | Consultor para resultados| Especialista no alcance de metas

    1. Karolina Madella , on Oct 13, 2017 at 09:37 Responder

      Otávio, muito obrigada pela sua contribuição no nosso blog.
      Conforme você comentou, o sucesso na fatura também depende de diferentes metodologias que auxiliam nesse processo de melhoria contínua.

      Experiências diferentes são sempre bem vindas para enriquecer nossa capacidade em solução de problemas!

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