COVID-19: Como estamos lidando com a crise
Pandemia – a palavra assusta, mas a realidade mete ainda mais medo. A COVID-19 chegou muito rápido, instalou-se em todos os lugares, e ataca o tecido da sociedade em diversas frentes ao mesmo tempo – saúde, economia, relacionamentos sociais e de trabalho, para citar alguns. Como reagir? O que fazer? A intenção desse post é compartilhar um pouco o que a HarboR está fazendo para passar da melhor maneira possível por esses tempos turbulentos. Não sei se são as melhores, mas são as nossas práticas.
- Implementamos o teletrabalho, e já a partir do dia 18/03 não tínhamos ninguém mais vindo ao escritório. A transição foi rápida porque trabalhamos com informação, nossos colaboradores têm vivência profunda de tecnologia e a maioria já trabalhava remotamente, alguns de maneira permanente, a maioria eventualmente. Tecnicamente, precisamos apenas reforçar nosso link de internet para permitir todos conectados ao mesmo tempo. Como usamos exclusivamente telefonia IP, as atividades de suporte aos clientes pôde ser mantida sem dificuldades.
- Tivemos a preocupação que o home office físico de cada colaborador atingisse requisitos mínimos de ergonomia. Todos levaram os equipamentos da empresa – notebooks e monitor extra; quem precisou, levou também a cadeira de trabalho, porque passar 8 horas por dia na cadeira da cozinha não ajuda a produtividade.
- Já trabalhamos com ferramentas digitalizadas de gerenciamento e comunicação das equipes. Não houve mudanças significativas nesse sentido. Nossas reuniões diárias (dailies) deixaram de ser presenciais, mas continuam acontecendo com a mesma regularidade. Para manter as conversas fluindo, todos estão no Discord, quem precisa chama o(a) colega e pode conversar imediatamente, como se fosse à mesa dele(a). No caso dos diretores, cada um tem uma sala virtual no Whereby onde quem quiser pode entrar para conversar. Portas abertas no mundo virtual, como era no escritório.
- Comunicação é fundamental. Muitas pessoas podem experimentar inseguranças na pandemia. A empresa vai sobreviver? Alguém vai ser desligado? Que sintomas indicam que eu estou contaminado? Vou precisar viajar para atender um cliente? Não temos todas as respostas, ninguém as tem, pois as circunstâncias mudam a cada dia. Mas temos duas reuniões semanais sobre a pandemia com todos, para a empresa apresentar o que está sendo feito e os colaboradores trazerem as informações dos clientes com quem tiveram contato recente (quem continua trabalhando, quem vai parar, quantos infectados no cliente). Informações são compartilhadas, inclusive dos sentimentos e experiências de cada um; troca-se receitas fáceis, sugestões de entretenimento, memes e notícias. Falar a respeito ajuda a reduzir a tensão e manter a equipe unida.
- Pedimos a todos os colaboradores que auxiliem a encontrar maneiras de reter clientes e aumentar a receita durante a crise. Lembramos a todos que sempre que falamos com um cliente ou prospect, a pessoa do outro lado está vivendo suas próprias preocupações e problemas, muitas vezes também trabalhando de casa. Empatia e cuidado são necessários nesses contatos.
- Somos uma empresa de tecnologia, mas as pessoas é que são nossos ativos. Cuidar desse ativo é o primordial agora. Vamos lutar para não perder nenhum, e termos uma equipe cada vez melhor para sair da crise e crescer após seu término. Porque a crise vai acabar, o mundo será diferente, e nossa equipe é que vai nos permitir triunfar nesse novo mundo.
Engenheiro Mecânico pela UFSC, pós graduado em Informática Industrial, fundou a HarboR em 1996. Ao longo desses anos trabalhou com programação, desenvolvimento e implantação de sistemas (MES e CEP), gerenciamento de projetos e equipes. Hoje dedica-se principalmente ao design das soluções e produtos da HarboR, especialmente os voltados para a Indústria 4.0